terça-feira, 3 de novembro de 2009

Quem você pensa que é?


A frase é clássica. Você ouve em filmes e novelas e, às vezes, até na vida real. “Quem você pensa que é?”. Daí fiquei pensando, quem eu penso que sou?!

Penso que sou a Carolina Cascão. Tenho 30 anos, por pouco tempo. Em exatos dois meses completo 31. Desses, me arrependo alguns anos, mas não posso voltar atrás. Me formei em jornalismo, mas queria mesmo era ter cursado veterinária. Não sou morena nem clara, sou um arco-íris. Tenho todas as cores. E, alto lá, arco-íris é uma coisa séria. Não dá para pedir para alguém segurar uma ponta enquanto vai verificar a outra. O arco-íris pode se desmanchar, como diz Angela Carmeiro, escritora!

Lembro-me muito bem da minha infância, da primeira bicicleta, da barraca de praia quando íamos a Cabo Frio, de odiar pisar na areia e ficar molhada. Lembro-me que adorava aquelas lojas de fliperamas (era assim que chamávamos) e queria chupar todos os picolés na praia para ver se, ao final, o meu palito estava premiado. Amava – e amo até hoje – a coxinha de galinha (apimentada) do clube pica pau lá em Minas.

Nunca me casei, portanto não sou ex-mulher de ninguém. Um vantagem nos dias de hoje, na minha opinião. Portanto, estou no zero quilômetro em termo de relacionamento eterno. Não tenho filhos também. Aliás, tenho um cão, animado cão. Apesar de achar o mundo muito cruel para se colocar uma criança no mundo, acredito que a espécie deva ser perpetuada. Adoraria ver um bebê bocudo e olhudo, exatamente como eu era.

Nunca sofri nenhum acidente. Nem tive sérios desvios de doença. Sou saudável por dentro e por fora. Digo, a cuca é legal. Apenas com alterações no período de TPM, mas por pouquíssimo tempo.

Pinto. Às vezes, o sete. Não bordo. Mas sei fazer tricô.

Toco piano também. Adoro desenhar. E enfeitar pratos deliciosos de comida. O meu arroz é horrível. É bonito, mas é
sem graça!!! Feijão não sei fazer. Fico apavorada só de pegar numa panela de pressão. Morro de medo! Ainda bem que não sei fazer tudo. Já pensou que sem graça? Ah aquela ali é perfeita. Faz tudo. Acho que ninguém ia querê-la!

Sobrevivi a alguns relacionamentos. Me enganei. Já enganei e fui enganada. Já recebi dois buquês no Dia do Namorados. Já me fizeram serenata na Bahia. E tenho uma caixa de papel recheada de cartas apaixonadas. A adolescência é mesmo uma fase deliciosa.

Comecei a trabalhar relativamente cedo. Não que precisasse. Quando completei 19 anos, consegui um emprego, pela primeira vez, num jornal. Achei o máximo. Mas foi aí que comecei a ver a verdade da profissão e me desapaixonei por ela.

Amo Paris. Mas não sei se amo mais. Descobri que, de verdade, amo é o meu Brasil. Bom, penso que sou brasileira, e nem adianta falar que tenho a “cara” das francesas...já não é mais elogio!



imagem:http://media.photobucket.com/image/

Um comentário:

Dra Jujuba ♥ disse...

Vc sempre demais!!!!!!!!!!
Amei!!!!!!!!
Bjs