segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Outro tipo de mulher nua – Martha Medeiros


Nunca vi tanta mulher nua. Os sites da internet renovam semanalmente seu estoque de gatas vertiginosas. O que não falta é candidata para tirar a roupa. Serviu cafezinho numa cena de novela? Posa pelada. É prima de um jogador de basquete? Posa pelada. Caiu do terceiro andar? Posa pelada.

Depois da invenção do photoshop, até a mais insignificante das criaturas vira uma deusa, bastando pra isso uns retoquezinhos aqui e ali. Dá uma grana boa. E o namorado apóia, o pai fica orgulhoso, a mãe acha um acontecimento, as amigas invejam, então pudor pra quê?

Não sei se os homens estão radiantes com esta multiplicação de peitos e bundas. Infelizes não devem estar, mas duvido que algo que se tornou tão banal ainda enfeitice os que têm mais de 14 anos.
Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade – emocionalmente.

Nudez pode ter um significado diferente e muito mais intenso. É assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história. É erótico ver uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente. Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos – aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana. Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em quem sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.

Pouco tempos atrás, posar nua ainda era uma excentricidade das artistas, lembro que esperava-se com ansiedade a revista que traria um ensaio de Dina Sfat, por exemplo – pra citar uma mulher que sempre teve mais o que mostrar além do próprio corpo. Mas agora não há mais charme nem suspense, estamos na era das mulheres coisificadas, que posam nuas porque consideram um degrau na carreira. Até é. Na maioria das vezes, rumo à decadência. Escadas servem para descer também.

Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expor nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior. Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro. Não conheço strip-tease mais sedutor.


imagem: http://www.onlinephotographers.org/pics/3285_bb.jpg

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Exigências da vida moderna (quem aguenta tudo isso???)


Texto : Luis Fernando Veríssimo.

Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro. E uma banana pelo potássio. E também uma laranja pela vitamina C.

Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E depois uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).

Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para... o funcionamento dos rins, faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.........

Todos os dias deve-se comer fibra.
Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.

E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia. UFA !!!

E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia. CAGANDO NÉ !!!

Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que
você não pegue trânsito. TÁ DIFICILLLLL

As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia. Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).

E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar das minhas amizades quando eu estiver viajando.

Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.

Ah! E o sexo!!!! Todos os dias, um dia sim, o outro também, tomando o cuidado de não se cair na rotina. Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução. Dizer EU TE AMO, toda hora, ''ainda pego quem inventou essa neura...que saco!!!'' isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.

Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, trabalhar e lavar, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação. se tiver tem que brincar com ele, pelo menos meia hora todo dia, para ele não ficar deprimido....

Na minha conta são 29 horas por dia.

A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!

Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes ao mesmo tempo.

Chame os amigos e seus pais, seu amor, o sogro, a sogra, os cunhados... Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua mulher ou marido. Não esqueça do EU TE AMO, (Vou achar logo quem inventou isso, me aguarde).

Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.

Agora voce tá ferrado mesmo é se tiver criança pequena, ai lascou de vez, porque o tempo que ia sobrar para voce...meu já era. criança ocupa um tempo danado.

Agora tenho que ir.

É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro e correndo.

E já que vou, levo um jornal...

Tchau....

Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.


imagem: http://pimentadoce.blig.ig.com.br/imagens/correndo.jpg

Catálogo da vida

Como é que a gente sabe que uma coisa está viva?
Verifica a respiração.


A garota sabia que o irmão já não estava mais ali. O coveiro deixou cair o livro. Era um manual. Um guia de como enterrar as pessoas. Ela pegou aquela obra para ela. Não que fosse sair por aí enterrando as pessoas. Pois o assunto...ah o assunto não era importante, mas aquele livro significava muito para ela.

Escrevi o breve resumo, em pouquíssimas palavras, após ler um dos capítulos de "A menina que roubava livros", pois chamou-me atenção a importância dos meros detalhes da vida.


É por isso que música marca um fato, nos faz voltar ao passado ou lembrar de uma pessoa querida - ou que já se foi ou que nos é especial. Fotos são lembranças vivas que nos fazem transportar para aquele dia, aquela ocasião. Um guardanapo, um bilhete de entradas de cinema ou de um passeio de barco, enfim, são detalhes pequenos que guardam grandes acontecimentos.

Seja num baú ou numa pequena caixa, todas as pessoas deveriam depositar sonhos vividos ou que remetam às boas lembranças. Depois, num dia comum, daqueles bem sem graça, vasculhar todas aquelas memórias...e chegar exatamente na ilha do tesouro do pirata. Descobrir os próprios segredos que já tinha esquecido. Relembrar como se sentia em tal época...

Os meus diário - que escrevia quando era criança e adolescente - estão guardados. Assim como as cartas apaixonadas da fase teen, os cartões postais que recebia de amigos quando estavam em viagem, guardanapos que peguei na Disneylandia quando fui pela primeira vez, e outras milhares de miudezas que provam que vivi muito bem toda as fases da minha vida. E que assim continue...

God bless you!


imagem: http://1.bp.blogspot.com

Momento de histeria


Recebi uma frase fantástica hoje por e-mail.


Cuidado com o stress porque:

" Mais vale chegar atrasado neste mundo... do que adiantado no outro !!! "



Abaixo à repressão!

Meus pais não têm conta conjunta no banco. E estão casados há 31 anos. Problema? Nenhum!!! Muitos casais colocam isso como uma prova de amor, como se fosse a aliança de casamento. Várias amigas da minha mãe têm conta conjunta com o marido e acham o máximo: um verdadeiro atestado de confiança. Quanta bobagem!

Devem estar pensando que sou uma xiita no assunto. Mas para mim, tal atitude é prova de insegurança. E outra: as pessoas devem preservar algumas individualidades mesmo ao casar. Abaixo à repressão! Cadê a LIBERDADE ESPIRITUAL???

Digo que as mulheres são burras. E pelo jeito a maioria é. Em pouco tempo já está “fisgada”. E o pior: nem esconde que foi “fisgada” e ainda por cima, além de casar, ainda assume uma conta conjunta. Barbaridade!

Como escrevi aqui esses dias sobre as brincadeiras de Barbie quando éramos crianças, as mulheres, na maioria das vezes, fantasiam o casamento e os filhos. E quando encontram alguém já imaginam o enlace. Abaixo à repressão! Vamos viver!

Vamos viver! E sentir. Nós mulheres temos que nos dar a oportunidade de apagar esse pensamento antigo e, simplesmente, se sentir atraída pelo cara que escolheu e não ficar pensando só em casamento. Eles não são o caminho mais curto para a última meta: o casório.

Os “escolhidos” por nós tem que acreditar e, claro, sentir, que somos atraídas por eles e que prestamos atenção neles. Qual o problema de fazerem eles o nosso centro do universo?! E não o centro para o casório?

Então vamos lá. Luz, câmera, AÇÃO!


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Fala sério! CLICK!


“Bem-vindo à sua vida
Não há volta
Mesmo enquanto dormimos
Nós encontraremos você”

“Welcome to your life
There's no turning back
Even while we sleep
We will find you”
(Everybody Wants To Rule The World / Tears for fears)


Momento de histeria geral. Fala sério! O que aconteceria se tivéssemos o poder de coordenar os rumos de nossas vidas a partir de um controle remoto? Se você fosse workaholic e tivesse a oportunidade de comprar um, o que faria? Não pensaria duas vezes, certo? Pois foi o que Adam Sandler, no filme Click, fez: comprou o objeto que controlava tudo. Abafava o som do latido do cão, adiantava – como se fosse num DVD – uma discussão de relacionamento ou uma situação ruim.

Daí você pensa: pronto! Menos um problema. O que mais queremos mesmo é evitar momentos difíceis. Engana-se. Enfrentar situações não muito felizes é necessário para o nosso crescimento. O negócio é dobrar as mangas, ir à luta e enfrentar com sabedoria. Sempre!

O filme é uma comédia que nos faz rir. Mas muito mais que isso é uma lição de vida. Nos coloca no lugar do personagem quando situações do cotidiano acontecem nas cenas do Click. Essas questões referem-se à forma como nos relacionamos o tempo e as pessoas, especialmente aquelas que realmente nos são especiais e que, tantas vezes, parecemos não perceber...

O personagem de Sandler persegue o sucesso profissional. Não se trata de chegar ao topo. O que ele busca realmente é valorização profissional e, claro, proporcionar qualidade de vida material aos filhos e à esposa. Mas qualidade de vida mesmo, não se dá por meio de dinheiro. Sandler se sacrifica. Mata-se de trabalhar e fica ausente da vida familiar mesmo quando está em casa.

Nem sempre “o trabalho enobrece o homem”. O filme traz à tona a relação do tempo das pessoas com aqueles que amam, com a família. Numa época em que tudo é descartado, inclusive as pessoas. Está na hora de rever os princípios de vida antes que seja tarde demais...






Reflexão: as pessoas não são descartáveis

Família é a mais importante instituição humana. É em nossas casas que encontramos a segurança, o carinho, o apoio, a paz e o amor que precisamos (ou pelo menos deveria ser). Apesar disso, dedicamos menos tempo à família e, mesmo quando estamos em nossos lares, muitas vezes estamos distantes e alheios aos filhos e cônjuges, aos irmãos e aos pais. “Click” coloca tal situação em destaque.
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Para curtir um pouco da trilha sonora do filme, separei algumas músicas que têm significado.


* Come Out And Play (The Offspring)

“Is gonna tie your own rope, tie your own rope, tie your own”

(“Vai amarrar sua própria corda, amarrar sua própria corda, amarrar sua própria”)




* Hold The Line (Toto)

“It's not in the way that you stayed till the end
It's not in the way you look or the things that you”

(“Não está na sua maneira de ter ficado até o fim
Não está na sua maneira de olhar ou nas coisas que você diz que fará”)




* Momento comédia e brega: Making Love Out of Nothing At All (Air Supply)






quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Brincadeira de criança

Brincar de Barbie quando criança é saber um pouco como será a vida de gente grande. Assim aconteceu comigo – e com as minhas amigas! Semelhante aos nossos dias de “barbeiras”, quando éramos meninas, alguns fatos se repetiram.

A minha Barbie, por exemplo, morava no escritório. Na verdade ela vivia no “Lar & Escritório” que era um brinquedo dois em um: a mesa cedia lugar para a cama.

A minha boneca só trabalhava e, de vez em quando, praticava aulas de tênis. O mais engraçado é que ela só namorava homens famosos, como o Conrado ou algum integrante da Banda Dominó. Hilário!

Já a Barbie de uma amiga vivia se casando. Toda brincadeira ela estava vestida de noiva. Resultado: foi a primeira a se casar. Outra amiga sempre era a Luciana Vendramini. Engraçadíssimo! Mas essa aí não virou atriz não.

Os padrões mesmo de brincadeirinha se repetiram. A minha rotina é trabalhar além da conta. Resolver problema o tempo todo. Antigamente ainda conseguia praticar um esporte. Agora, pifei. A pilha está fraca e mal consigo pegar numa raquete. Paciência!

Acho que vou voltar no tempo e brincar de Barbie de novo. Mas, dessa vez, a minha boneca terá um destino diferente...Aruba, Jamaica....Bahia.





terça-feira, 24 de novembro de 2009

Prefiro o lobo mau

Queria saber por que todas as pessoas acham que procuro um príncipe encantado? Faça-me o favor!

Ou por que todos querem me apresentar um príncipe encantado? Que coisa mais chata.

Será que posso querer não casar pelo menos de vez em quando?!

Dizem que o mundo evoluiu. E que as pessoas estão mais modernas. Pois eu continuo careta, mas quero ter a opção de casar quando eu quiser, com quem eu quiser. Sempre coloquei na minha cabeça que o enlace eterno aconteceria lá pelos 33, 34...35 anos.

Mas não, até os meus namorados 'acham' que quero casar. Estou realmente ficando enjoada desse papo. Uma coisa é ser feita para casar, encaixar direitinho nos padrões, exatamente como sou. Outra coisa é querer 'juntar os panos de bunda'. Quem sabe um dia...mas sem pressão!!!

Príncipe Encantado é muito chato. Até a princesa, no filme "Encantada", da Disney, se cansou e casou com um humano de verdade.

Príncipe Encantado não trabalha, não tem febre, não tem bafo - e nem precisa escovar os dentes. Um saco!

Príncipe Encantando não vai pegar a nossa mão quando estivermos no hospital esperando para ser atendida.

Príncipe Encantando não viaja de avião conosco pois vai a cavalo, enfrentando os temíveis perigos da floresta.

Que mané príncipe! Prefiro mesmo é um lobo mau, mesmo com os conselhos da vovó em manter distância de tal ser. Ou quem sabe o lobo bobo, da música de Carlos Lyra e Ronaldo Boscoli!

Para quem queria casar com o David Bowie, um ser totalmente andrógeno, até que evolui bastante. Tá vendo? Nunca quis um príncipe encantado, nem quando criança. Dizem as boas línguas (minha mãe e meu pai) que o meu brinquedo predileto eram dois sapos imensos de pelúcia...

Curte só:


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Não se pede amor


É chato! Incomoda e não é dor de cabeça. Dói mas não é hematoma.

É triste pois é algo que falta. E não dá para ir ao mercado, procurar nas prateleiras e comprar. Não se substitui assim como se fosse atravessar a rua. Não se esquece. Nem se implora!

O amor é assim. Não se pede. Não se implora. Amar é perdoar.

Amor se declara. E sabe de uma coisa? Nem precisa, às vezes, de palavras nem atos...

...basta percepção!


Abaixo um texto de Artur da Távola:

Amor não se implora, não se pede não se espera... Amor se vive ou não. Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.

Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.

Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz. As
pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros. Perdoar e esquecer nos torna mais jovens. Água é um santo remédio.

Deus inventou o choro para o homem não explodir.

Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso. Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.

A criatividade caminha junto com a falta de grana. Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.

Amigos de verdade nunca te abandonam. O carinho é a melhor arma contra o ódio. As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.

Há poesia em toda a criação divina. Deus é o maior poeta de todos os tempos. A música é a sobremesa da vida.

Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.

Filhos são presentes raros. De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.

Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor.

O amor... Ah, o amor... O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças... Não há vida decente sem amor! E é certo, quem ama, é muito
amado. E vive a vida mais alegremente...

Liberdade x Amor Chiclete

“Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor”. (Vinícius de Moraes)


Dizem que o amor verdadeiro é livre. Acredito fielmente nisso. Amar é ter asas e voar. Namorar é uma delícia. Não precisa ficar o tempo todo junto. Mas abrir as cortinas do final de semana e fechar num belo domingo é renovador. É trocar as baterias para enfrentar uma semana de muito trabalho.

Escrevi aqui, uma vez, que estar com alguém é uma atividade altamente libertadora. E é! Tenho verdadeiro pavor quando vejo aqueles casais grudados, que fazem tudo junto. Casal super bonder. Xaropice total.

O amor livre é eterno. E, ao casar, isso deve continuar. Não falo de traição. Isso nunca. Mas falo de individualidade – o que também já escrevi aqui!

Grudado mesmo só quando for dormir de conchinha...ah, isso é legal!

Vai um chicletinho aí? Não, não masco. Obrigada!


Imagem: http://www.zonad.com.br

Para Viver Um Grande Amor


Vinícius de Moraes

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor.
Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor.
E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Texto extraído do livro "Para Viver Um Grande Amor", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1984, pág. 130.



imagem: http://1.bp.blogspot.com/_

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A esperança não morre


As novelas sempre servem para alguma coisa, principalmente para dar lições. Não é à toa que o Brasil exporta essas obras e faz tanto sucesso entre os gringos.

No último final de semana, o médico da novela “Viver a Vida” disse – ao contrário do dito popular – que a Esperança não é a última que morre e pausadamente afirmou: A ESPERANÇA NÃO MORRE!

Já metaforizaram a ESPERANÇA de tudo quanto é jeito. Ela é verde. É o nome da sogra – já que é a última que morre! Ela é a garota de olhos verdes, incólume na calçada de uma rua cheia num nervoso centro urbano. Mais que isso...a esperança é o ar que respiramos!

Não é verde nem cor-de-rosa. A ESPERANÇA não tem uma cor só. Ela tem todas as cores. É por ela que acordamos todas as manhãs. É o alimentos dos nossos sonhos – se é que ainda podemos ter tranqüilidade para sonhar!
Amanhã é outro dia. Mas por que esperar amanhã? A Esperança é de todo dia.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tudo para ontem! Rápido!!!


Ah, se eu pudesse viver sem pressa! Ah, se eu pudesse! Assistiria o pôr-do-sol dia sim dia não. Cozinharia biscoitos semanalmente. Inventaria uma receita de bolo quando desse na telha. Dirigiria sem parecer um piloto de fórmula 1 e cobraria menos das pessoas incompetentes no trânsito. Reclamaria menos da falta de estacionamentos e da demora da entrega das farmácias.


Se eu tivesse tempo, visitaria todos os médicos regularmente. Comeria de três em três horas! E frequentaria academias de ginástica todos os dias. Ah, se eu pudesse! Compraria a ração do cachorro pessoalmente e nunca mais pediria os serviços de um motoboy.


Se eu pudesse, faria as unhas sempre sem estragar. Esperaria um tempinho no salão ao invés de sair correndo para ter que passear com o cachorro, comprar presentes de aniversários, escolher flores, comprar pão, abastecer o carro, ou quem sabe, até saborear um sanduíche, sem pressa!


Percebi que corro, inclusive, nas minhas férias. Corro para tentar visitar um museu. Corro para pegar o metrô na hora combinada. Corro para dormir e para acordar! Estou correndo para quê? "Perguntei para mim. Já que estou de féria". Nada adiantou.


Corro porque tenho medo de perder os acontecimentos. Tudo errado! Transformar os compromissos pessoais numa agenda de trabalho não é normal. Correr para encontrar uma amiga como se fosse perder uma consulta no médico é se comportar de maneira pouco inteligente com o bem-estar.


Mesmo o tempo sendo um artigo de luxo, é preciso fazer as pazes com ele e mudar toda a relação. Desacelerar como se fosse um exercício. Pisar no freio. Viver melhor. Sim, sei que a correria é um vício, um costume, mas é melhor, pelo menos, tentar caminhar ao invés de correr. Senão, meu amigo, ao invés de encurtar o tempo, encurtará é o caminho.


Já pensou a frase do seu santinho de falecimento? Carolina ciclana de tal, x anos, morreu correndo atrás do pôr-do-sol!!!


Furada, meu irmão, furada...Vinícius de Moraes diria a mesma coisa.


imagem: http://4.bp.blogspot.com/_DT0Sx3pI2iA/

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

De volta a época do rádio




Recomendo The Puppini Sisters. Elas interpretam altas músicas legais e as encaixam na época das cantoras de rádio! Canções como "I Will Survive" e a melancólica, porém, clássica "Whutering Height" são uma das interpretadas pela três novas cantoras de rádio do pedaço.


Whutering Height na versão original com Kate Bush

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Apenas assista o vídeo

Apenas assistam ao vídeo da Pedigree.
Sempre que alguém assiste ao vídeo, a Pedigree doa um saco de ração aos cães sem lar. Me ajudem a divulgar, por favor, esta causa.

O muro caiuuuuuuuuuu!!!


Foi assim que escrevi no meu diário há 20 anos! "Gente, o muro caiuuuuuuuuu!!!" Engraçado pois só tinha 10 anos de idade e uma vaga ideia do acontecimento histórico. E lá estava registrado, num livro cor de rosa com chave, os meus emocionantes dias e o fato de que o muro de Berlim não existia mais.

A Alemanha não estava mais dividida em Ocidental (capitalista) e Oriental (comunista), depois de 28 anos. Nesse período, os alemães de Berlim Oriental conviveram com a falta de liberdade, a fome, e um atraso econômico exorbitante. Para se comprar um carro, por exemplo, era preciso colocar o nome numa lista e esperar 15 anos. E não era nenhuma ferrari não. Era um fusquinha bem barulhento. Diga-se de passagem!

O muro caiu! A cortina de ferro, enfim, enferrujou! Foi empurrado, machadado pela população, pisoteado e repartido em trilhões de pedaços (leia-se aqui SOUVENIRS). Há 20 anos, os alemães dançaram, beberam cerveja e comeram salsichas. Esta parte é ficção (leia-se aqui: imaginação minha). Enfim, comemoram o fim de uma Alemanha dividida. Será?

O muro caiu, mas as barreiras não. O Comunismo é uma praga, uma erva daninha, uma sombra má que contagiou décadas e décadas uma população. Um cheiro impregnante da qual a Berlim Oriental não conseguiu se livrar até os dias atuais. Não tenho simpatia por alemães, mas tenho sensibilidade a ponto de imaginar o sofrimento dessas pessoas que tinham que brigar por café e cachos de banana. Até o funcionamento intestinal tinha que ser na hora que foi imposto. As crianças iam ao banheiro todas no mesmo horário, por exemplo.



As barreiras continuam vivas. Mas vivas do que nunca. A Berlim Oriental é hoje conhecida como pequena Istambul. É um gueto cinzento como se fosse o subúrbio. O muro caiu. Aparentemente o apartheid ariano não existe mais. Apenas resquícios em espécie: pedaços do muro continuam a ser vendidos como souvenir. Souvenir de péssimo gosto! E tem trouxa que compra.
Imagino que mesmo sem o muro naquele lugar, enxergamos sem fazer muita força uma linha invisível. Ou uma linha que separa cores. Se fosse colocado num desenho, a Berlim Oriental seria acizentada e a Ocidental, azul como o oceano.


O comunismo é mesmo asqueroso. Até hoje, os alemães da Berlim Oriental comunista recebem os piores salários. E sabe por quê? Porque não se desenvolveram, enquanto na parte ocidental, todos sabiam lidar com as novidades tecnológicas.

E por que mesmo Berlim sendo uma cidade só, mencionamos Berlim Oriental e Ocidental? Bom, isso não importa. O que importa é que o ser humano não surpreende, apenas choca, sempre choca! O poder parece ter sido confeccionado exatamente para imbecis como esses que mesmo após uma grande guerra quer um pedaço do pudim! Irritantemente infantil!

História

O Muro de Berlim foi um dos resultados da Guerra fria. Após a II Guerra Mundial, a Alemanha Nazista derrotada foi então dividida em quatro zonas ocupadas por quatro potências: os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a União Soviética. Tal barreira física foi construída pela República Democrática Alemã (Berlim Oriental / comunista) e a separava da Berlim Ocidental.

Este muro, além de dividir a cidade ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético. Ou seja, liberdade versus prisão, nutrição versus fome, tecnologia versus carroça.

Começou a ser construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Não se contabiliza o número de pessoa que morreram tentando atravessar o cabo das tormentas. Fala-se em 100, 200, mas eu mesma, dúvido muito. Em 20 anos, muita gente viu o fim!


Stalin: o cabeça de bagre

Após a Segunda Guerra Mundial, o líder soviético Joseph Stalin construiu o Bloco do Leste: um cinturão protetor da União Soviética em nações controladas na fronteira ocidental. O bloco era composto pela Polônia, Hungria e Tchecoslováquia. Stalin pretendia manter esses países a par de um enfraquecido controle soviético na Alemanha.

Em 1945, Stálin revelou aos líderes alemãos comunistas que esperava enfraquecer lentamente a posição Britânica em sua zona de ocupação, que os Estados Unidos iriam retirar sua ocupação dentro de um ano ou dois e que, em seguida, nada ficaria no caminho de uma Alemanha unificada sob controle comunista dentro da órbita soviética.

Em 1948, após desentendimentos sobre a reconstrução e uma nova moeda alemã, Stálin instituiu o Bloqueio de Berlim, impedindo que alimentos, materiais e suprimentos pudessem chegar a Berlim Ocidental. Os Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e vários outros países começaram uma enorme "ponte aérea de Berlim", fornecendo alimentos e outros suprimentos à Berlim Ocidental.

A República Democrática Alemã (Oriental) foi declarada em 7 de outubro de 1949, onde o Ministério de Negócios Estrangeiros Soviético concedeu autoridade administrativa a Alemanha Oriental, mas não sua autonomia, onde os soviéticos possuíam ilimitada penetração no regime de ocupação e nas estruturas de administração e de polícia militar e secreta.

A Alemanha Oriental era diferente da Ocidental (República Federal da Alemanha), que se desenvolveu como um país capitalista, uma economia social de mercado e um governo de democracia parlamentar. O crescimento econômico contínuo a partir de 1950 da Alemanha Ocidental alimentou um "milagre económico" de 20 anos. Enquanto a economia da Alemanha Ocidental cresceu e o padrão de vida melhorava a cada dia. Tudo o que queriam os alemães orientais era ir para a Alemanha Ocidental.
imagens: http://colunas.digi.com.br/wp-content/uploads/2008/05/berlim.jpg
http://europa.eu/abc/12lessons/images/content_berlin_wall.jpg
http://www.csupomona.edu/~sfenglehart/%20Hst%20Images%20/Berlin%20Wall.JPEG
http://coisasparavoceodiar.files.wordpress.com/2009/01/muro-de-berlim.jpg
http://muros.files.wordpress.com/2007/09/berlin04.jpg

Ele não gasta nenhum centavo por dia!

O homem da foto é o economista Mark Boyle. Neste mês, completará um ano que vive sem usar dinheiro. Acredite se quiser: é possível! Queria saber apenas como ele usa a energia solar para carregar os equipamentos eletrônicos sem danificá-los!

Em um artigo no Guardian (o link está abaixo), Mark contou que escova os dentes com uma pasta feita de conchas e sementes de erva doce, trocou o papel higiênico por jornal velho, planta a própria comida e usa energia solar para carregar o notebook e o celular (que só atende ligações), trazidos da época em que ainda ia às compras.

O economista estacionou o trailer em uma fazenda inglesa de orgânicos (em troca de dias de trabalho) e resolveu ficar sem gastar nem um centavo por um ano para chamar atenção para questões ambientais. Ele diz que o dinheiro é uma ferramenta que distancia o consumidor dos produtos, ocultando o impacto de cada compra. Mas, a julgar pelos comentários abaixo, deixados no site do Guardian, ele chamou a atenção também de pretendentes:

“Mark prova de uma vez por todas que você não precisa de dinheiro para ser sexy.”

“Podemos ver um vídeo dele cortando lenha ou algo assim?”

“Você quer casar comigo?”


Ao responder os comentários dos leitores (muitos deles o criticando), Mark deixou o seguinte recado: “E a todas as ofertas de casamento e sexo casual… Vocês poderiam ter ao menos deixado seus contatos. Apesar de eu não ter certeza de que suas mães me aprovariam. Não sou exatamente um bom partido.” Aparentemente a frugalidade radical, somada à foto de Mark sem camisa, atrai fãs sem medo da falta de papel higiênico macio ou da impossibilidade de comemorar datas especiais em restaurantes.


Leia mais:


imagem: do próprio Mark Boyle

Mau humor é positivo. Acredite!

Mau humor pode ser bom para você, diz um estudo australiano que indica que a tristeza torna as pessoas menos crédulas, melhora a capacidade de avaliar os outros e fortalece a memória.

O estudo, de autoria do professor de psicologia Joseph Forgas, da Universidade de New South Wales, mostra que
pessoas com um humor negativo são mais críticas e mais atentas ao ambiente ao redor que pessoas felizes, que correm mais risco de acreditar em qualquer coisa que ouçam.

"Enquanto um humor positivo parece promover a criatividade, flexibilidade, cooperação e a confiança em atalhos mentais, o humor negativo ativa um tipo de pensamento mais cuidadoso e atento ao mundo exterior", escreveu Forgas.

"Nossa pesquisa sugere que a tristeza... promove estratégias de processamento de informações mais adequadas para lidar com situações exigentes".

Para o estudo, Forgas e sua equipe realizaram diversos experimentos que começaram com a indução de bom ou mau humor em voluntários, por meio da apresentação de filmes tristes ou alegres e pela recordação de eventos felizes ou infelizes.

Em uma parte dos experimentos, participantes felizes ou infelizes tiveram de julgar a verdade de lendas urbanas e boatos. Pessoas de mau humor tinham menos chance de acreditar em declarações falsas.

Pessoas mal-humoradas também se mostraram menos propensas a tomar decisões precipitadas com base em preconceito racial ou religioso, e tiveram uma chance menor de errar ao se lembrar de eventos.

O estudo também mostrou que pessoas tristes são mais capazes de defender um argumento por escrito, o que, segundo Forgas, indica que "um humor levemente negativo pode promover um estilo de comunicação mais concreto e bem-sucedido".

O trabalho está publicado na edição do bimestre novembro/dezembro da revista científica Australian Science. (Fonte: Estadão Online)

imagem: http://futeboldebotao.files.wordpress.com/2009/07/

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Direito a TPM masculina: endoidecimento controlado!



TPM Masculina ou morte! É o que o escritor Fernando Bonassi defende! Achei bacana o texto dele e resolvi compartilhar aqui no blog algumas partes.

"Se suas mulheres, como a minha, são do tipo que chora com comercial de maionese (...)". Seguem as dicas abaixo:

* Evite divergências. Lave as suas cuecass e pendure-as no varal. Não esqueça o jornal no banheiro. Não respingue xixi fora da privada. E abaixe a tampa ao concluir os serviços. Ah! Não se esqueça de dar a descarga.

* Não importa se ela está há mais de meia hora dirigindo em primeira marcha, na pista da esquerda de uma avenida. Os automóveis são mais resistentes hoje em dia, e você tem seguro.

* Nunca fale bem de nenhuma outra mulher.

* Nunca fale mal de nenhum outro homem , especialmente do pai e irmão dela.

* Deixe o controle remoto da tv na mão dela.

* Se possível, não fale, não se mova e use a mínima quantidade de ar ao respirar no mesmo ambiente que elas.

Antecipe-se. A melhor defesa é o ataque. Sirva chá.

De qualquer forma, o autor defende que o homem deveria ter direito a quatro dias de maluquice em 28 de normalidade, além do tíquete-hotel-TPM, para sairem de casa no período crítico.

"Se elas podem, três ou quatro dias antes dos seus períodos, agirem como verdadeiras malucas, por que também não podemos?!"


Não me contive


Li uma piada numa dessas revistas da companhia áerea TAM e não me contive. Tive que postá-la aqui no blog!

Rodando no Salão

Começou a música e o bebum se animou. Levantou trocando as pernas, dirigiu-se até uma senhora de negro e arriscou:

- A madame me dá o prazer desta dança?

- Não, por três motivos. Primeiro: o senhor está bêbado. Segundo: não se dança o hino nacional. E terceiro: não sou madame coisa nenhuma! Sou o vigário desta paróquia.

imagem: http://www.bicodocorvo.com.br/wp-content/uploads/2009/03/foto-valsa-danca-de-salao-2.jpg

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Desabafo: indústria de produtos e remédios veterinários é gananciosa

Recebi um e-mail com a foto de uma cachorrinha que precisa de um lar em Brasília. Como sou simplesmente fascinada por animais, fiquei arrasada ao ver que a cadela precisa de cuidados. Diante disso, enviei um e-mail ao meu pai e pedi para que eu fosse a mais nova dona daquele animal. Veja o que ele respondeu abaixo. E, sabe o pior? Ele tem toda a razão. A indústria de produtos veterinários quer lucrar e muito em cima de nós. Então para os que lutam pelo bem-estar dos animais - como eu - peço carinhosamente para me ajudar a divulgar tal atitude de ganância. Sei que a palavra é forte, mas é tudo que sinto. Se não fosse isso, poderia adotar vários animais domésticos.

"Carolina,

É notável sua sensibilidade e amor pelos animais, porém, infelizmente não podemos atender o seu pedido.

Atualmente, já está muito difícil cuidar dos que já temos, sobretudo, pelo alto custo da alimentação, remédios entre outros.


Aliás, vocês internautas, poderiam divulgar um apelo para que as indústrias e as pet shops, não sejam tão gananciosas e aproveitadoras da bondade das pessoas, sobretudo daquelas que querem ter um animal doméstico de estimação.

Para justificar o acima exposto, venho fazer as seguintes comparações:

Caso 1: Tratamento de infestação de parasitas internos (vermes gastrointestinais e pulmonares) e externos (carrapatos e moscas): 1 frasco de IVOMEC ou Dectomax (produtos de primeira linha ) de 500 ml, custa R$ 150,00 e trata até 50 animais de 500 kg de peso corpóreo, com atuação por 3 a 4 meses;

Caso 2: Uma dose de frontline para tratar parasitas externos de um cão de 35 kg, custa R$ 51,00, e conforme a bula, recomenda o tratamento mensal.

Ainda não falamos no alto custo dos;
- antibióticos;
- produtos para pelagem ( Pelo e Derme 1500) : R$ 54,00
- Shampo especial (R$ 60,00);
-rações de boa qualidade, apresentam custo por quilograma superior a R$ 12,00, muito alto se comparado ao preço do arroz, da cesta básica.

Antes que esqueça, uma consulta em várias Pets, chega custar R$ 80,00..

Quanto às vacinas, aproveito para fazer uma comparação entre animais domésticos (cães e gatos) e bovinos:

a) Domésticos:
- três vacinas anuais ( raiva - polivalente - pneumonia) ao custo unitário de R$ 35,00 representando R$ 105,00;

b) Bovinos ( duas campanhas anuais para atender rigorosamente ao estabelecido pelas autoridades responsáveis pelo controle sanitário): R$ 9,70;
- Febre aftosa: R$ 1,20;
- raiva; R$ 0,35;
- Polivalente: R$ 0,30 a 1,00;
- Vermifugação: R$ 3,00
- Brucelose ( somente em fêmeas).

Gostaria de deixar claro, que existem alternativas para baixar os custos dos remédios e rações e bons e conscientes profissionais.

Seu pai"


imagem: http://orbita.starmedia.com/gb27513/guaipecao/fotos/caes-1.jpg

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Defenda os animais domésticos dizendo NÃO ao projeto de lei!

Segundo a Lei de Crimes Ambientais, é crime praticar ato de violência contra qualquer animal. Porém, tramita no Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL 4.548/98) que visa acabar com essa proteção para os animais domésticos.

A intenção do Projeto de Lei é alterar o art. 32 da Lei de Crimes Ambientais, retirando a expressão “domésticos e domesticados” e, assim, descriminalizar atos de abuso e maus-tratos contra esses animais.

Essa alteração significaria um enorme retrocesso na história da proteção animal no Brasil, ao tornar ainda mais branda a legislação animal vigente, favorecendo a impunidade.

Os inúmeros casos de maus-tratos que se repetem diariamente no país deixariam de ser crime. O combate às condenáveis rinhas de cães e galos, por exemplo, seria dificultado ao extremo.


Você faria algo bem simples para ajudar os animais domésticos no Brasil?

O momento é delicado, sendo de fundamental importância que todos aqueles que se importam com os animais se manifestem. Lembre-se que a opinião popular é essencial para a aprovação ou rejeição de leis.

A WSPA Brasil elaborou uma carta online a ser enviada aos deputados federais, pedindo que NÃO APROVEM o Projeto de Lei 4.548/98, que modifica o art.32.

Quem você pensa que é?


A frase é clássica. Você ouve em filmes e novelas e, às vezes, até na vida real. “Quem você pensa que é?”. Daí fiquei pensando, quem eu penso que sou?!

Penso que sou a Carolina Cascão. Tenho 30 anos, por pouco tempo. Em exatos dois meses completo 31. Desses, me arrependo alguns anos, mas não posso voltar atrás. Me formei em jornalismo, mas queria mesmo era ter cursado veterinária. Não sou morena nem clara, sou um arco-íris. Tenho todas as cores. E, alto lá, arco-íris é uma coisa séria. Não dá para pedir para alguém segurar uma ponta enquanto vai verificar a outra. O arco-íris pode se desmanchar, como diz Angela Carmeiro, escritora!

Lembro-me muito bem da minha infância, da primeira bicicleta, da barraca de praia quando íamos a Cabo Frio, de odiar pisar na areia e ficar molhada. Lembro-me que adorava aquelas lojas de fliperamas (era assim que chamávamos) e queria chupar todos os picolés na praia para ver se, ao final, o meu palito estava premiado. Amava – e amo até hoje – a coxinha de galinha (apimentada) do clube pica pau lá em Minas.

Nunca me casei, portanto não sou ex-mulher de ninguém. Um vantagem nos dias de hoje, na minha opinião. Portanto, estou no zero quilômetro em termo de relacionamento eterno. Não tenho filhos também. Aliás, tenho um cão, animado cão. Apesar de achar o mundo muito cruel para se colocar uma criança no mundo, acredito que a espécie deva ser perpetuada. Adoraria ver um bebê bocudo e olhudo, exatamente como eu era.

Nunca sofri nenhum acidente. Nem tive sérios desvios de doença. Sou saudável por dentro e por fora. Digo, a cuca é legal. Apenas com alterações no período de TPM, mas por pouquíssimo tempo.

Pinto. Às vezes, o sete. Não bordo. Mas sei fazer tricô.

Toco piano também. Adoro desenhar. E enfeitar pratos deliciosos de comida. O meu arroz é horrível. É bonito, mas é
sem graça!!! Feijão não sei fazer. Fico apavorada só de pegar numa panela de pressão. Morro de medo! Ainda bem que não sei fazer tudo. Já pensou que sem graça? Ah aquela ali é perfeita. Faz tudo. Acho que ninguém ia querê-la!

Sobrevivi a alguns relacionamentos. Me enganei. Já enganei e fui enganada. Já recebi dois buquês no Dia do Namorados. Já me fizeram serenata na Bahia. E tenho uma caixa de papel recheada de cartas apaixonadas. A adolescência é mesmo uma fase deliciosa.

Comecei a trabalhar relativamente cedo. Não que precisasse. Quando completei 19 anos, consegui um emprego, pela primeira vez, num jornal. Achei o máximo. Mas foi aí que comecei a ver a verdade da profissão e me desapaixonei por ela.

Amo Paris. Mas não sei se amo mais. Descobri que, de verdade, amo é o meu Brasil. Bom, penso que sou brasileira, e nem adianta falar que tenho a “cara” das francesas...já não é mais elogio!



imagem:http://media.photobucket.com/image/

domingo, 1 de novembro de 2009

Você se sente seguro?

Ao parar o carro num estacionamento público, ao andar a pé à noite sozinho ou ao viajar de avião? Você se sente seguro? Sem mentir vai, se sente seguro?! Caso sim, passe a receita, por favor, pois acho que o fim do mundo não será por um surto da natureza e, sim por causa de um enlouquecimento humano.

Na tarde da última sexta-feira, em Brasília (DF), véspera do feriado de Finados, o comandante do vôo 1846 da companhia aérea Gol, teve que arremeter o avião, ao chegar na capital, com 128 pessoas à bordo. Um herói! Nada me convencerá o contrário. Se não fosse tal ato, a aeronave teria se chocado com outra da companhia aérea TAM.

Então, supondo que o avião da TAM estivesse com 150 pessoas, soma-se este número a 128 passageiros da Gol, teríamos 278 novos finados para coroar o feriado de Finados. Já quase não temos mortos para chorar...qual diferença faz? Muita!!! Cadê a responsabilidade e a valorização da vida humana? Podia ser o seu pai ou mãe, ou filho (a), ou noivo (a).

O comandante foi um herói sim. E andam falando mal dele. Um jogando a culpa para o outro. E a culpa, já assumida, e negada pela Aeronáutica (faça-me o favor) foi do controlador de vôo. Isso segundo um jornal local. O próprio presidente da Associação dos Controladores de Voo do DF, revelou que os novos contratados recebem um péssimo treinamento. “Antes, eram 240 horas de aulas para ser controlador, agora são apenas 90 horas. Por isso, ocorrem erros como o de ontem, que foi culpa total do controlador”.

Ultimamente, tenho tido mais medo de controlador de voo que de ladrão. A coisa se inverteu. Mundo esquisito. Como é que se autoriza a aterrisagem de dois aviões ao mesmo tempo na mesma pista?! Faça-me o favor. Será que não têm consciência que não estão carregando batatas? E sim pais e família, filhos de família, crianças, enfim, vidas!

Éramos felizes e não sabíamos. Voar era prazeroso. As pessoas se vestiam elegantemente antes de embarcar. Fazíamos boas refeições e comíamos com talheres de verdade. E o melhor de tudo: sentíamos seguros. Não existiam homens-bombas prestes a explodir em aeronaves. Não éramos revistados. Não existiam barreiras eletrônicas. Havia lugares para sentar nas salas de embarque. E estas eram tão silenciosas quanto uma capela.

Acabou o voar com prazer! Agora a única coisa que nos resta é fazer o sinal da cruz...e seja o que Deus quiser!

E, ainda temos que ler títulos irônicos nos jornais: “Susto na aterrisagem”. Susto? Pânico! Ver a vida em contagem regressiva rumo a morte é aterrorizante. Algo tem que ser feito.



Saudade de um tempo que não vivi



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