quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mais Platão, Menos Prozac

"Mais Platão, Menos Prozac" é um livro, que na minha opinião, deveria ser lido por todas as pessoas. A obra é de Lou Marinoff, líder nos Estados Unidos dessa nova corrente de pensamento que aplica a filosofia ao dia-a-dia. Ele utiliza as obras dos maiores pensadores da história para ajudar as pessoas a resolverem os próprios problemas. Dentre os filósofos citados estão Epicuro (meu mestre), Sócrates e até Buda!

Segundo críticas, Platão tornará os psiquiatras obsoletos. No lugar de divãs e conversas intermináveis, o tratamento é a filosofia. Nada de terapia psicanalítica e antidepressivos. "Mais Platão, Menos Prozac" mostra como identificar um problema, expressar emoções construtivamente, analisar opções e contemplar uma filosofia que ajude a escolher a melhor opção para a vida.

Ainda estou lendo o livro. Ainda assim, colei abaixo uma parte da obra que merece destaque.

PLATÃO OU PROZAC?

Antes de confiar exclusivamente na filosofia para administrar um problema, é preciso se certificar de que ela é adequada a sua situação. Se você está chateado porque tem uma pedra em seu sapato, não precisa de aconselhamento — precisa tirar a pedra do sapato. Falar na pedra em seu sapato não fará seu pé parar de doer, por mais enfático que seja aquele que o escuta e qualquer que seja a escola de terapia a que ele ou ela pertença. Encaminho as pessoas com problemas que suspeito serem de natureza física a profissionais clínicos ou psiquiatras.

Algumas pessoas talvez não obtenham ajuda de Platão, assim como outras não obtêm ajuda do Prozac. Algumas podem precisar antes de Prozac, depois de Platão, ou de Prozac e Platão juntos.

Muitas pessoas que procuram o aconselhamento filosófico já se submeteram à terapia, mas a acharam insatisfatória, pelo menos em certo aspecto. Pessoas podem ser prejudicadas pelo tratamento psicológico ou psiquiátrico se a raiz de seu problema for filosófica e o terapeuta ou médico que procuraram não tiver percebido. A sensação de desespero pode ser desencadeada se a pessoa começa a sentir que ninguém será capaz para ajudá-la porque não é ouvida claramente. A terapia inadequada desperdiça tempo (na melhor das hipóteses), e pode agravar seu problema.

Muitas pessoas que, em última instância, confiam no aconselhamento filosófico foram ajudadas antes pelo aconselhamento psicológico, mesmo que não o te-nham considerado suficiente. O seu passado certamente o condiciona e orienta a sua maneira habitual de ver as coisas; portanto, examiná-lo pode ajudar. A compreensão de sua própria psicologia pode ser uma preparação útil para cul-tivar a sua filosofia pessoal. Todos nós carregamos uma bagagem psicológica, mas para nos livrarmos do excesso podemos precisar de aconselhamento filosófico. A idéia é viajar com a carga mais leve possível. Conhecer a si mesmo — uma meta abordada de maneiras diferentes no aconselhamento psicológico e filosófico — não significa decorar a Enciclopédia de Você. Demorar-se em cada detalhe delicado aumenta sua bagagem em vez de aliviar a carga.

(...)

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