segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Um robô de tailleur. Eu?

Sei que, ultimamente, pareço um rádio estragado. Reclamo o tempo todo. E, no final, a culpa é só minha. Inteiramente minha. Sou workaholic. E ser workaholic não é bonito. E o pior de tudo é que trabalhar demais está na moda. Mas nem tudo que está na moda é legal. Depressão, por exemplo, está na moda e é uma droga. Liberdade sexual é “super in” e é outra droga. E cá para nós, tornou-se difícil ser sex num época em que todas são sex.

Mas o meu problema atual é o trabalho. A rotina esmaga. É repetitiva. Deparo com os mesmos problemas todos os dias. Transformei-me num robô de tailleur. Outro dia quase me enforquei dentre tantas pérolas. Para que tanta elegância?! E, de fato, hoje me senti a cinderela, gata borralheira total. Cheguei em casa calçando apenas um sapato. O outro pé não aguentou a pressão. E o príncipe? Eu mesma. Em uma das mãos segurava o sapato de cristal...preto...de boneca e lacinho. Perfeito sapato de cristal malvado!

“Deus não dá asas a cobra” meeeeeesmo! Dito popular inteligentíssimo. Trabalho num lugar perfeito. Onde as pessoas são perfeitas. Somos uma família. Gostamos um dos outros de verdade. Não há inveja, muito menos competição. Mas por outro lado, as tarefas diárias são enlouquecedoras. Quem não fizer 12 coisas ao mesmo tempo não fica lá não. Vaza rapidinho.

Queria pelo menos, apenas por um dia não precisar correr. Nem acordar cedo. É um desejo que será realizado! Quero poder respirar e ver o dia passar...assistir de camarote o apagar das luzes e dizer: Obrigada, papai do céu, reaprendi a olhar o céu! Sei até qual será a próxima fase da lua.

Um dia, robô de tailleur, um dia...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo"





Outro dia escrevi aqui no blog que esse negócio de receber flores é coisa de mulherzinha que não tem nada para fazer da vida e, cobram esse tipo de ação, dos namorados e maridos. Aí é que não tem graça mesmo!!!

E agora isso me preocupa. Acho que estou com sintoma aguda de mulherzinha-quer-receber-flores! Vejo flores por todos os lados e em tudo que vejo, como o Titãs na música "Flores".

Na semana passada, a Aline Moraes recebeu flores do pai numa cena da novela "Viver a Vida". Antes de ontem, liguei a tv, e a mesma, ganhou um buquê gigante do namorado! Ontem, ao ver o início do filme "Vestida para casar", a atriz principal recebe flores de um desconhecido. Fora isso, no
filme "The Perfect Man", a moça recebe vários buquês e o ator principal é o "ás" em flores. Sabe t-u-d-o!!! Escrevi aqui no blog sobre essa obra:
Amor é amizade que incedeia!

Como uma coisa puxa a outra, lembrei da minha adolescência, quando a moda era receber flores na escola. Ah, era o máximo. A garota que ganhava um buquê "se achava", se sentia, de fato, o último pacote de biscoito do supermercado! Era a última coca-cola gelada do deserto! A bala que matou Kennedy.

Pois bem. Um belo dia o meu paquera do Rio de Janeiro mandou flores para mim na escola. O cartão veio com os dizeres: "Estou chegando...". O meu sonho enfim estava prestes a realizar. Preciso dizer que neste dia faltei aula e não fui à escola??? Quis morrer. Criancice, né?! Mas é um delícia lembrar disso e do que senti. De saber que havia perdido a oportunidade de desfilar com um buquê de flores na saída da escola. Pôxa...

Então, como tenho visto flores por todos os lados...uma overdose de flores para vocês em forma de música!!!



quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Para não dizer que falo bobagem...



Para não dizer que falo bobagem, eis eu aqui, mais uma vez defender a minha tese e provar por meio do vídeo acima que A MÚSICA UNE!

Une raças, classes sociais, crianças e adultos, árabes e japoneses...e mais quem você quiser.

O vídeo é mais uma prova! Vou explicar. É que recentemente, uma empresa de telefonia móvel inglesa promoveu uma mobilização de arrepiar, na Trafalgar Square, em Londres. Para se ter uma ideia, reuniu mais de 13 mil pessoas, na praça, sem nem mesmo explicar o motivo do convite!

A empresa simplesmente mandou um convite para os celulares: "esteja na Trafalgar Square tal dia, tal horário". E nada mais foi dito. Os que foram acharam que iam dançar, como tem acontecido em outras mobilizações desse tipo. Mas, na hora, distribuiram microfones. SURPRESA!!!

Muitos, muitos, muitos microfones mesmo, foram distribuídos. Fizeram um karaokê gigante!!! Um grande show de união.

Todos que estavam na praça, e mesmo quem nem sabia do convite, cantou. Um coro, uma união de vozes, uma união de energias, uma explosão de sentimentos. É mesmo de arrepiar!!!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sei lá!



Há tempos não consigo acompanhar uma novela. De saber exatamente o horário de início da trama. De saber se ciclano se casará com fulana ou se o amigo apaixonado platônico da fulana revelará o segredo ao ciclano de que, na verdade, ciclano e fulana são irmãos. Saravá!!! Essas histórias - ou estórias - são muito legais.

Que vontade que dá acompanhar uma novela. Ao mesmo tempo, me sinto livre. Só de ler um resuminho no jornal de domingo já tenho uma vaga noção. Digo vaga pois não lembro dos nomes dos personagens. Só tempos depois, a cuca começa a refrescar.

Na época da escola, uma amiga (a Mari) dizia que eu tinha que ser atriz e não jornalista. Já se passaram 12 anos e lá eu, um belo dia, numa festa de arromba De volta anos 80, quem eu encontro??? A Mari, é óbviooooooooooo. Ainda não virou atriz? Poxa, vivo sonhando que você é atriz, Carolzinha.

Daí pensei, se eu fosse mesmo atriz, adoraria fazer papel de má ou até de louca. Como na música de Rita Lee, eu 'representaria a loucura e mais o que você quiser, uma grande mulher louca'. O melhor de tudo é o looooooooooouca berrado pela Rita. Dá até vontade de ser louca.

Mas voltando à realidade a nova novela da Globo "Viver a Vida" acertou em cheio na escolha da trilha sonora de abertura da novela. Não sei se é por causa dos momentos conturbados que tenho vivido, mas Toquinho acertou em cheio ao compor a canção "Sei lá... a vida tem sempre razão". Tão atual quanto Vinícius de Moraes.

"Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão"
(Toquinho)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

E tome gravata!

“Você que não pára pra pensar
Que o tempo é curto e não pára de passar
Você vai ver um dia, que remorso!”
Não é a primeira vez que cito Vinícius de Moraes nos meus textos. Sábio Vinícius. Além de poeta, um visionário. Ele canta o que precisamos ouvir. Mas nempre paramos para escutar. Ou para prestar atenção!

Ontem, meu eterno amigo Vinícius me deu um cutucão. Pregou um sermão! A música, chamada Testamento, soou como se tivesse sido escrita especialmente para mim. O que adianta trabalhar demais, a única coisa que levará para o caixão é a roupa que estará vestindo para a ocasião.

O que adianta? “Amor sem paixão, o corpo sem alma, o pensamento sem espírito(e tome gravata!) e lá um belo dia, o enfarte; ou, pior ainda, o psiquiatra”. Grande Vinícius.

É preciso desligar. Parar para ver o sol se pôr. Ou raiar. Dicas do poeta. É um exercício árduo para quem tem responsabilidade demais. Conseguirei. Um dia...

Pare para pensar! A resposta, na maioria das vezes, pode estar numa música, na tv, num livro ou até na Bíblia. É incrível como encontramos a mensagem exata quando precisamos. É um empurrão subliminar, um puxão espiritual, um berro que não ensurdece!

“Ei, mané, qualé? O que têm feito da sua vida?”

Preste atenção nos sinais e verá que não falo bobagem!


“Como é bom parar
Ver um sol se pôr
Ou ver um sol raiar
E desligar, e desligar”



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Letra da música na íntegra:

Testamento
Vinicius de Moraes
Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho

Você que só ganha pra juntar
O que é que há, diz pra mim, o que é que há?
Você vai ver um dia
Em que fria você vai entrar
Por cima uma laje
Embaixo a escuridão
É fogo, irmão! É fogo, irrnão!

“Pois é, amigo, como se dizia antigamente, o buraco é mais embaixo... E você com todo o seu baú, vai ficar por lá na mais total solidão, pensando à beça que não levou nada do que juntou: só seu terno de cerimônia. Que fossa, hein, meu chapa, que fossa...”

Você que não pára pra pensar
Que o tempo é curto e não pára de passar
Você vai ver um dia, que remorso!

Como é bom parar
Ver um sol se pôr
Ou ver um sol raiar
E desligar, e desligar

Mas você, que esperança... Bolsa, títulos, capital de giro, public relations (e tome gravata!), protocolos, comendas, caviar, champanhe (e tome gravata!), o amor sem paixão, o corpo sem alma, o pensamento sem espírito (e tome gravata!) e lá um belo dia, o enfarte; ou, pior ainda, o psiquiatra

Você que só faz usufruir
E tem mulher pra usar ou pra exibir
Você vai ver um dia
Em que toca você foi bulir!

A mulher foi feita
Pro amor e pro perdão
Cai nessa não, cai nessa não

Você, por exemplo, está aí com a boneca do seu lado, linda e chiquérrima, crente que é o amo e senhor do material. É, amigo, mas ela anda longe, perdida num mundo lírico e confuso, cheio de canções, aventura e magia. E você nem sequer toca a sua alma. É, as mulheres são muito estranhas, muito estranhas

Você que não gosta de gostar
Pra não sofrer, não sorrir e não chorar
Você vai ver um dia
Em que fria você vai entrar!
Por cima uma laje
Embaixo a escuridão
É fogo, irmão! É fogo, irmão!


imagem: http://tempoesia.files.wordpress.com/2009/08/vinicius_de_moraes.jpg
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Amor é amizade que incendeia


O amor é uma amizade que pega fogo! Ouvi isso outro dia num filme. Adorei!

Sabe aquelas noites em que o sono nos abandona e você começa a mudar os canais da tv incansavelmente?! Foi aí que me apareceu o filme The Perfect Man (O Homem Pefeito). Recomendo.

A história principal é sobre uma mãe solteira que se muda de cidade a cada decepção amorosa. Quando ela percebe que o cara não é o cara, ela arruma as tralhas, coloca no carro, apanha as duas filhas e pé na estrada.

Ela se envolve rapidamente com o primeiro que encontra e tenta transformá-lo no homem perfeito. Quando ela percebe que o cara não é lá essas coisas...se manda! "Vaza moleque.com.br". As filhas se cansam da carência da mãe, não aguentam mais as mudanças frequentes.


Eis que um dia, é claro, ela se cansa. E decide ficar na dela mesma, sem ansiedades. Mas a história começa a se repetir com a filha adolescente. No primeiro obstáculo que encontrou com um garoto da escola, ela pediu à mãe para se mudarem novamente.

E sabe qual foi a moral e o discurso que a mãe fez? Sensacional!!!

Fugir é evitar a vida. E que gente nova é gente nova só por um dia. E que o bacana seria tentar conhecer gente de verdade, de carne e osso, sem fantasia.


Sabe o que aconteceu? A mãe encontrou o homem perfeito. Ele fazia palavras cruzadas como ela. Ela era confeiteira. Ele, dono de restaurante. A cozinha da casa dele era o sonho dela. Eles eram feitos um para o outro!

Ainda bem que existem filmes e novelas...


imagem:
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mais Platão, Menos Prozac

"Mais Platão, Menos Prozac" é um livro, que na minha opinião, deveria ser lido por todas as pessoas. A obra é de Lou Marinoff, líder nos Estados Unidos dessa nova corrente de pensamento que aplica a filosofia ao dia-a-dia. Ele utiliza as obras dos maiores pensadores da história para ajudar as pessoas a resolverem os próprios problemas. Dentre os filósofos citados estão Epicuro (meu mestre), Sócrates e até Buda!

Segundo críticas, Platão tornará os psiquiatras obsoletos. No lugar de divãs e conversas intermináveis, o tratamento é a filosofia. Nada de terapia psicanalítica e antidepressivos. "Mais Platão, Menos Prozac" mostra como identificar um problema, expressar emoções construtivamente, analisar opções e contemplar uma filosofia que ajude a escolher a melhor opção para a vida.

Ainda estou lendo o livro. Ainda assim, colei abaixo uma parte da obra que merece destaque.

PLATÃO OU PROZAC?

Antes de confiar exclusivamente na filosofia para administrar um problema, é preciso se certificar de que ela é adequada a sua situação. Se você está chateado porque tem uma pedra em seu sapato, não precisa de aconselhamento — precisa tirar a pedra do sapato. Falar na pedra em seu sapato não fará seu pé parar de doer, por mais enfático que seja aquele que o escuta e qualquer que seja a escola de terapia a que ele ou ela pertença. Encaminho as pessoas com problemas que suspeito serem de natureza física a profissionais clínicos ou psiquiatras.

Algumas pessoas talvez não obtenham ajuda de Platão, assim como outras não obtêm ajuda do Prozac. Algumas podem precisar antes de Prozac, depois de Platão, ou de Prozac e Platão juntos.

Muitas pessoas que procuram o aconselhamento filosófico já se submeteram à terapia, mas a acharam insatisfatória, pelo menos em certo aspecto. Pessoas podem ser prejudicadas pelo tratamento psicológico ou psiquiátrico se a raiz de seu problema for filosófica e o terapeuta ou médico que procuraram não tiver percebido. A sensação de desespero pode ser desencadeada se a pessoa começa a sentir que ninguém será capaz para ajudá-la porque não é ouvida claramente. A terapia inadequada desperdiça tempo (na melhor das hipóteses), e pode agravar seu problema.

Muitas pessoas que, em última instância, confiam no aconselhamento filosófico foram ajudadas antes pelo aconselhamento psicológico, mesmo que não o te-nham considerado suficiente. O seu passado certamente o condiciona e orienta a sua maneira habitual de ver as coisas; portanto, examiná-lo pode ajudar. A compreensão de sua própria psicologia pode ser uma preparação útil para cul-tivar a sua filosofia pessoal. Todos nós carregamos uma bagagem psicológica, mas para nos livrarmos do excesso podemos precisar de aconselhamento filosófico. A idéia é viajar com a carga mais leve possível. Conhecer a si mesmo — uma meta abordada de maneiras diferentes no aconselhamento psicológico e filosófico — não significa decorar a Enciclopédia de Você. Demorar-se em cada detalhe delicado aumenta sua bagagem em vez de aliviar a carga.

(...)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

I just call...


Depois de conversarem amenidades, um pouco antes de finalizar o telefonema, ela diz: “Bom, liguei mesmo para....”. Ele a interrompe num gesto áspero e, antes mesmo que ela completasse a frase, ele responde: “Para saber se eu estava em casa. Para me vigiar, né?!”.

Que ofício é esse de viver em voz alta! Cortou o clima ou "a intenção de". Qual seria o motivo da ligação? Poderia ser uma razão boba. Mas são atos como esses que perpetuam a amizade.

Ela simplesmente ligou... e ela nem sempre telefona. Ela é ocupada. Ela sabe gastar o tempo dela. Mas naquela noite, em especial, ela ligou.

Ela ligou para dizer Boa Noite!





“I just called to say how much I care”
(Stevie Wonder)

sábado, 5 de setembro de 2009

O Maracanã é o bicho!!!

Há duas semanas exatas estive no Maracanã. Foi a primeira vez no Rio de Janeiro. Nem precisa dizer que amei assistir um jogo de futebol. Foi o que mais me marcou na estréia na Cidade Maravilhosa. Ver a torcida numa vibração energética sem botar defeito nenhum foi sem dúvida um dos meus melhores momentos. Quero assistir o máximo de jogos que puder, sentada numa daquelas cadeiras, num estádio qualquer. Independentemente da cidade ou país. Amei! A música contagia, a vibração da torcida arrepia. Ó, até rimou:

A música contagia, a vibração da torcida arrepia! Lá lá lá lá.

Ah, não posso esquecer de comentar do biscoito de vento, Globo, tradicionalíssimo na cidade. Mesmo não tendo gosto de nada, cada mordida no crocante 'passatempo' tornou-se um verdadeiro banquete. Era felicidade demais para uma Carolina só. Não precisava de mais nada.

O mais curioso é que tinha uma visão romântica do Rio. Desde criança via o Rio nas novelas, nos seriados, com destaque ao "Anos Rebeldes". Via o Rio nas músicas do Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Via o Rio nos textos de Carlos Drummond. E, no final das contas, o Rio romântico ficou lá atrás, nos sonhos de crianças, dando lugar ao Maracanã.

Não sei se foi o clima frio parisiense das pessoas no Leblon, que vestiam casacos e cachecóis e meias, mas não consegui sentir a cidade como esperava. O tempo não colaborou. Nunca me passou pela minha mente em vestir uma meia fio 40 no Rio de Janeiro, apelidada por Frio de Janeiro por nós. Não incluí tal peça básica na minha mala. E olha que tenho uma coleção.

Sonhava em sentar na pedra do Arpoador e contemplar o pôr-do-sol. Em subir no Cristo Redentor e sentir a grandeza de ser abraçada por ele lá do alto. Ou andar pela Rua Nascimento Silva imortalizada pelo Vinícius.

Ainda não foi dessa vez. Mesmo assim sou grata às pessoas que tornaram o meu sonho, realidade. O Rio de Janeiro é e continua lindo faça chuva ou sol. Me aguarde, Cristo Redentor, voltarei em breve.

"Vai meu irmão
Pegue esse avião
Você tem razão
De correr assim
Desse frio, mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão..."
(SAMBA DE ORLY/ Chico Buarque / Vinícius de Moraes/ Toquinho)


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sejamos altruístas!

Fala-se muito em atitudes humanitárias. Mas, sinceramente, nunca as vejo. Em termos práticos o que tem sido uma constante é a existência de um número cada vez maior de pessoas egoístas, voltadas para si mesmo. O único interesse é o próprio umbigo. 'Lavam-se as luvas para não comprometer as mãos'.

O desprezo entre as pessoas me incomoda. Acredito que uma palavra ou mesmo uma ação não vá prejudicar o tempo precioso de cada um. Pode retardar um pouco a hora do jantar ou de ir se deitar. Mas é o único preço, nada mais.

Sejamos altruístas de vez em quando ao invés de egoístas! Por que não pensar no outro? Não precisa ser todo dia, o tempo todo, e sim quando precisarem de nós.

O belo exemplo de atitude de vida do vídeo acima dispensa comentários! Mas como não aguento ficar calada fica a dica. Ninguém chegou em primeiro lugar. Todos chegaram juntos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Um amor que deu certo

A imagem acima, uma das mais famosas do festival de Woodstock, retrata a história de um amor que deu muito certo. Há quatro décadas, Nicky e Bobbi Ercoline, foram fotografados enquanto se aqueciam por um cobertor. Imundo! Diga-se de passagem. O amor é mesmo lindo. Nem mesmo percebemos que amanheceu o dia, nem importamos se o cobertor está limpo. O melhor de tudo é o abraço, é a proteção dele, é saber que os dois podem compartilhar juntos a bagunça que for, que o que importa mesmo é curtir juntos.

Sei de histórias chatíssimas que o cara - ou ela mesmo - mentem um para o outro e simplesmente vão para festas ou bares. Não compartilham momentos juntos que poderiam ser muito legais. Fico pensando qual o motivo de pessoas assim terem um companheiro. Para quê? Como canta Daniela Mercury, peço licença aos fãs de Woodstock e jogo um axé: "RESPIRAR O AMOR, ASPIRANDO LIBERDADE".

Se acham que o amor é prisão não deveriam namorar. Aliás, deveriam ser proibidos de paquerar! O amor é livre. Estar com alguém não é estar preso e sim livre. Livre para compartilhar, livre para curtir a vida, livre para pensar no outro, livre para conversar. É preciso se livrar das amarras e estar aberto à maravilhosa experiência de estar com alguém.

E a foto acima é um belo exemplo disso. A de baixo também (com a diferença do edredom branquinho). O casal "pode crer" do Woodstock se casou em 1971, dois anos depois do festival. Na época do clique, eles namoravam há apenas 3 meses. Hoje, eles têm 60 anos e moram perto do local onde o show foi realizado. É isso aí! O amor pode dar certo.





imagem: http://poeirablog.files.wordpress.com/2009/07/alg_woodstock_couple.jpg